A Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille – SPLEB – é uma Associação Civil, sem fins lucrativos, fundada em 30 de junho de 1953, com sede e foro na Cidade do Rio de Janeiro, considerada de Utilidade Pública, Federal, Estadual e Municipal, Com o objetivo de propiciar aos cegos, dentro e fora do país, gratuitamente, o estudo da Doutrina Espírita em suas próprias fontes.

HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
A iniciativa de fundar a Sociedade Pró-Livro- Espírita em Braille – SPLEB, se deu no ano de 1953 quando 2 jovens cegos Marcus Vinícius Telles e Luiz Antônio Millecco Filho foram apresentados no Instituto Benjamin Constant pelo professor Silvio Pélico Machado.
Ambos na condição de espíritas desejavam fundar uma entidade que permitisse ao cego conhecer a doutrina espírita em suas próprias fontes, o que viria a ser preconizado no artigo primeiro do estatuto da SPLEB e como isso poderia ser possível, mediante a transcrição de obras para o sistema Braille de uso corrente entre os deficientes visuais.
Na mesma época dessas conversas Luiz Antônio conhece o general Mário Travasso, pessoa ligada a Cruzada dos Militares Espíritas, que o levara algumas vezes par falar numa rádio carioca. Eles apresentam a ideia a ele e o convidam para presidir a nova entidade.
Mas que nome teria essa nova entidade? Quem teve a ideia de chamar a nova instituição de Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille, foi o Wallace Queiroz Costa aluno do instituto Benjamin Constant e colega dos dois fundadores.
E assim no dia 30/06/1953 nasce a SPLEB sem sede própria. Na ocasião funcionando em uma pequena área com um armário, cedidos pela Agremiação Espírita Francisco de Paula, na Rua dos Araújos, 28, Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro.
Ao longo de sua história, a SPLEB esteve situada nos seguintes endereços:
- De 1952 a 1961, Agremiação Francisco de Paula: Rua dos Araújos 28, Tijuca.
- De 1961 a 1968, Avenida Maracanã 1242 fundos, Tijuca.
- De 1969 a 1971, Travessa José Higino 37, Tijuca.
- De 1971 em diante, Rua Tomaz Coelho 51, Vila Isabel, em sua sede própria.
- A inauguração foi em 18 de abril de 1972.
Foi ideia do Marechal Mario Travassos o binário cego-vidente – na SPLEB aproveita-se o trabalho de cada um. Inclusive sua diretoria é composta por cegos e videntes.
A SPLEB tem um lema: “Então Vamos!”
A SPLEB, ao transcrever para o Sistema Braille as obras doutrinárias, profissionalizantes e sobre legislação pertinente ao deficiente visual, e ao oferecê-las gratuitamente, alcançou cegos interessados do território brasileiro, América Latina, Europa e África portuguesa. Na década de noventa, foram impressos o vocabulário Esperanto-Português/Português-Esperanto, em sete volumes; o ”Livro dos Espíritos” em esperanto e o Dicionário Português-Espanhol/Espanhol-Português, em dez volumes, alcançando com isto o Leste Europeu, trabalhos estes que, por certo, converteram em realidade os sonhos do querido Marechal Mário Travassos, desencarnado em 20 de julho de 1973.

Também editamos o periódico Kardebraile (que em setembro de 2024 fará 65 anos) e temos o programa “A Voz da Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille”, através da Rádio Rio de Janeiro, todos os domingos, às 11h15.
Há diversas formas dos voluntários de visão colaborarem:
Alguns são “transcritores”, que copiam em papel os livros para o Sistema Braille. Eles trabalham em suas residências, vindo à entidade para conferir os seus serviços com uma pessoa cega, o “revisor”; temos o “ledor”, que lê ou grava para o deficiente; o “matrizador” ou “estereotipista”, que confecciona na matrizadora as matrizes de alumínio das obras transcritas para o sistema Braille; o “impressor”, que passa nas prensas as obras matrizadas, para a sua reprodução em papel; o “encadernador”, que dobra o papel, fura, costura e encaderna os livros impressos. As atividades ligadas ao Setor Wilson Limp (com as impressoras ligadas ao computador) e muitas outras tarefas importantes para o conjunto do trabalho – desde a ajuda no preparo de um café ou acompanhar um cego ao ponto de ônibus, mas entendemos que o melhor é a convivência fraterna que é mantida na Instituição.
Outra forma de colaborar com a SPLEB é sendo sócio mantenedor, faça-o por telefone, e-mail ou em nosso endereço.
Para finalizar, relatamos uma passagem do Marechal Mário Travassos, que bem demonstra o seu tirocínio. Discutia-se, certa feita, se o cego deveria ser educado na “escola especializada” ou na “escola integrada”, em nossos dias chamada de “escola inclusiva”. Na “escola especializada”, o cego aprendia o sistema Braille; locomoção, tecnicamente com a bengala branca – símbolo internacional de portador cego, comemorado o seu “Dia Mundial da Bengala Branca”, no dia 15 de outubro, entre outros conhecimentos que são indispensáveis ao que nasce ou se torna cego. Mas, devido ao regime de internato, ele se torna segregado da sociedade, só convivendo com cegos. Consideramos importante o aluno cego participar do convívio de colegas de visão, na mesma sala, desde que tenha como apoio uma estrutura que lhe permita acompanhar as aulas em pé de igualdade com os demais. Na realidade, o cego terá de se socializar, viver na sociedade, com videntes. Pois bem, em memorável pronunciamento, antes de falecer, no dia 20 de junho de 1973, o Marechal disse: “as escolas especializadas e integradas não se excluem, elas se completam”, que é a grande tese dos técnicos de hoje”.
Conforme dizia Luiz Antonio Millecco, “tudo é de graça na SPLEB, mas nada é de graça para a SPLEB”. Venha, pois, ao nosso encontro, e torne-se um sócio contribuinte.
Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille – SPLEB
Sede própria: Rua Thomaz Coelho, 51, Vila Isabel
Rio de Janeiro – RJ CEP 20540-110
Telefones (0xx) 21 2288-9844 e Fax (0xx) 21 2572-0049
Funcionamento: de 2ª a 6ª feira de 9 às 17h e sábados de 9 às 12 h.
Rua Thomaz Coelho, 51. Vila Isabel. Rio
e-mail: spleb@spleb.org.br
CNPJ: 33.997.560/0001-11. Insc. Mun.: 07.702.285
Declarada de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal.
Contas para doações: Banco Bradesco: Agência: 0226-7 – C/C: 97531-1
Banco do Brasil: Agência: 0288-7 – C/C 22563-0